A tendência é continuar rompendo patamares em direção a R$ 1,70", afirma Miriam Tavares, da AGK Corretora. "Os investidores estão, de maneira geral, bastante otimistas em relação ao Brasil. E como o juro interno é alto, ainda ocorrem ingressos de recursos e isso dá continuidade à queda do dólar."
Fatores de ordem comercial e financeira explicam a força do real hoje, de acordo com Antônio Madeira, economista da MCM Consultores Associados. "Na parte comercial, as 'commodities' continuam firmes, e o maior exemplo é a negociação da Vale (que conseguiu aumentar em até 71% o preço do minério de ferro vendido a siderúrgicas japonesas) que vai trazer de US$ 2 bilhões a US$ 3 bilhões a mais na balança comercial."
MAIS | |||||
---|---|---|---|---|---|
|
Oscilações no exterior
Nos Estados Unidos, os principais índices de ações também subiram nos primeiros momentos do dia, mas depois inverteram o sentido, passando a operar no nível negativo.
As Bolsas norte-americanas
caíram puxadas por temores de recessão no país. Além disso, a queda nos preços do petróleo prejudicou o desempenho de ações do setor, como Exxon Mobil e Chevron .
O índice Dow Jones recuou 1,15%, a 12.284 pontos. O Standard & Poor's 500 declinou 1,29%, para 1.342 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq perdeu 1,17%, a 2.299 pontos.
A maior parte das Bolsas asiáticas e européias fechou em alta.
Economia americana
O que afetou as Bolsas dos EUA foi a divulgação do índice de atividade da região da Filadélfia, que trouxe um número bem mais baixo que o esperado. O indicador marcou queda de 24 pontos, quando especialistas previam recuo de 10 pontos.
O governo americano divulgou, ainda, o chamado "índice dos indicadores antecedentes", que tenta traçar o comportamento da economia nos próximos três a seis meses. Houve uma redução de 0,1% nesse levantamento, número que ficou dentro do que analistas estimavam.
Os estoques de petróleo nos EUA aumentaram em 4,2 milhões de barris, acima do que analistas previam. Com isso, o preço do óleo caiu.
Esse indicador ganhou importância nesta semana porque, na última terça-feira (19), a alta do preço da "commoditiy" puxou para baixo as Bolsas de Valores dos Estados Unidos e do Brasil.
Brasil é credor externo
O Banco Central divulgou nesta quinta-feira uma estimativa segundo a qual as reservas do país em moeda estrangeira superaram em US$ 4 bilhões a dívida externa líquida.
Com isso, o país passa a ser, pela primeira vez na sua história, credor externo. Ao longo do ano passado, a reservas mais que dobraram e atingiram US$ 180,3 bilhões no final de dezembro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário