sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Maioria das prestadoras não cobrará taxa para usuário que desejar trocar de operadora

Embora a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) tenha permitido que as operadoras brasileiras de telefonia fixa e móvel cobrem uma taxa de, no máximo, R$ 4 para usuários que queiram trocar de prestadora sem perder o número —conhecido como portabilidade numérica— a maioria delas optou por não cobrar o serviço.
Entre as operadoras de telefonia fixa, Telefônica, Oi e Sercomtel já disseram que o serviço, que entra em vigor no próximo dia 1º de setembro em algumas cidades brasileiras, será gratuito. Procurada pelo UOL, a Brasil Telecom não confirmou se irá ou não cobrar a taxa.

As operadoras de celular Claro, Oi e Vivo também aderiram à gratuidade, tanto para clientes de planos pré-pagos quanto para os de pós-pagos. Já o subsídio na TIM será por um período promocional (ainda não determinado pela operadora). Mais uma vez, a área móvel da Brasil Telecom não decidiu se vai ou não impor a taxa.

Como funciona

Assim que a portabilidade numérica for implantada na cidade (veja cronograma abaixo), o usuário que desejar mudar de operadora sem perder o seu número deverá se dirigir a nova prestadora e solicitar o direito. O procedimento poderá ser feito quantas vezes o cliente desejar. Mas vale ficar atento a algumas regras:

A migração só poderá ser feita entre operadoras que ofereçam o mesmo serviço. Por exemplo: trocar de operadora móvel e manter o mesmo número do celular.

Na telefonia fixa, a portabilidade só acontecerá em uma mesma área local. Ou seja, só será possível trocar de operadora na mesma cidade ou localidade com continuidade urbana —mudar para outro estado e levar o número junto, por exemplo, será impossível.

Na telefonia móvel, a portabilidade se aplica quando o usuário trocar de prestadora em uma mesma área de registro (DDD) ou trocar de plano de serviço na própria operadora.

Segundo a Anatel, as operadoras que receberão os novos clientes podem cobrar, no máximo, R$ 4 pela migração. Antes, especulava-se que o valor seria em torno de R$ 10.

Também se estuda a possibilidade da operadora subsidiar os custos para usuários que tragam uma receita maior para a empresa.

As operadoras Claro, Oi, Vivo, Sercomtel e Telefônica já afirmaram que não cobrarão taxa de transferência para qualquer tipo de cliente (pré ou pós-pago).

Esclareça dúvidas sobre a portabilidade numérica

Teles pedem mais tempo para a Anatel

Em março do ano passado, a Anatel aprovou o Regulamento Geral da Portabilidade Numérica, depois de ser levado à consulta pública durante 63 dias. A partir daí, foi dado o 'pontapé' inicial para a implementação.

No começo deste mês, a Agência passou a tratar a portabilidade em "regime de urgência" já que muitas operadoras estão solicitando o adiamento das datas previstas para a implementação por dificuldades técnicas.

O adiamento é fato conhecido em vários países onde a facilidade foi implementada, como nos Estados Unidos e algumas nações da Europa. No Japão, foram precisos três anos para que a portabilidade fosse implementada.

No entanto, o presidente da Agência, embaixador Ronaldo Mota Sardenberg, afirma que a Anatel intensificará a fiscalização e não pretende ceder as pressões, cumprindo o cronograma.

São Paulo terá vacinação e teste de HIV em um só local

Amanhã, quem ainda não tiver tomado a vacina contra a rubéola nem realizado a testagem para HIV poderá fazer as duas coisas em um só local. A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo montou um posto volante de vacinação no Centro de Referência e Treinamento DST/Aids, na Rua Santa Cruz, 81, na Vila Mariana, zona sul da cidade, onde também é feito o exame de HIV. O local funcionará das 8h às 17h. A campanha "Fique Sabendo", que comemora anos do Programa de Combate à Aids no Estado de São Paulo, pretende realizar 250 mil exames de HIV, Sífilis e Hepatite até o dia 5 de setembro

Todos os postos de saúde do Estado estarão abertos neste sábado, 30, para imunizar homens e mulheres com idade entre 20 e 39 anos contra a rubéola. O objetivo da campanha, a maior já realizada em São Paulo, é imunizar 13,5 milhões de paulistas, homens e mulheres. A abertura da mobilização acontecerá no Parque do Ibirapuera, às 9h, onde a secretaria montará um posto volante de vacinação. Até as 14h quem for ao parque poderá se imunizar e receberá de presente uma caricatura.

Ingresso em SP é o triplo da entrada em Buenos Aires

Em São Paulo, o bilhete mais barato custa R$ 160, e, no Rio, R$ 180; valores são superiores também aos de cidades dos EUA Levantamento feito pela reportagem inclui 32 das 39 cidades da turnê "Sticky & Sweet", que chega ao Brasil em dezembro deste ano

Pascal Deschamps - 26.ago.08/Reuters
Cantora durante a apresentação em Nice, na França

VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
DA REPORTAGEM LOCAL

Ver Madonna rebolar no Brasil não é só caro: sem contar a taxa de conveniência de 20% para compras on-line, os preços dos ingressos para o show no Rio estão entre os mais altos da turnê "Sticky & Sweet", atrás apenas de três cidades européias, Viena, Düsseldorf e Londres. São Paulo, onde o ingresso mais barato custa R$ 20 a menos que o cobrado dos cariocas, fica na sétima posição, em seguida a Rio, Paris e Roma.
O levantamento feito pela Folha considerou as entradas mais baratas em 32 das 39 cidades por onde passará a turnê e revela que os ingressos dessa categoria no Brasil, de R$ 180 (RJ) e R$ 160 (SP), seriam suficientes para comprar dois ingressos em Detroit -onde a cantora-compositora-atriz-bailarina-diretora-empresária cresceu nos EUA.
Na Europa, devido às altas cotações da libra e do euro, os ingressos saem mais caros que no Rio em três das 16 cidades previstas na turnê. Mas nominalmente e em relação ao custo de vida e ao poder de compra locais, também custam menos da metade do que é cobrado no país (veja quadro ao lado).
Ainda assim, nesses lugares a variação entre o lugar mais caro e mais barato em configuração igual à de São Paulo é pequena: R$ 60 a mais, no caso de Londres. Ou menos ainda: R$ 26, em Paris. No Morumbi e no Maracanã, o mesmo lugar (platéia em pé em frente ao palco) sai por R$ 600 (R$ 720 com a taxa de conveniência).
Em lugares do porte do Rio e de São Paulo, como Cidade do México, Buenos Aires e Santiago, o ingresso mais barato para assistir ao show sai pelo equivalente a R$ 45, R$ 51 e R$ 72, respectivamente.
"Se o Brasil fosse um país sério, não se cobraria isso. É abuso de poder econômico. Madonna não tem nada a ver com isso, a culpa é dos especuladores, que inflacionam. Sem falar na dificuldade que colocaram para comprar o ingresso", diz o fotógrafo Ricardo Valença, que vem de Recife para SP, mas não ainda não sabe como comprará o ingresso.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Madonna agita 50 mil fãs no Estádio Olímpico de Berlim

A cantora Madonna se apresentou em Berlim, na Alemanha

A cantora Madonna levantou um público de aproximadamente 50 mil fãs no Estádio Olímpico de Berlim com um espetáculo arrasador, que foi realizado de maneira calculada e praticamente perfeita, nesta quinte-feira. No primeiro dos três shows que realizará na Alemanha em sua turnê mundial Sticky and Sweet, Madonna ofereceu um amplo repertório de seus 25 anos de carreira com clássicos como Into The Groove e canções mais recentes de seu último álbum Hard Candy.

Apesar do enorme público, os organizadores do show reconheceram que não tinham sido vendidas todas as entradas, da mesma forma que ocorre com as performances previstas para o início de setembro em Düsseldorf e Frankfurt, com preços que oscilam entre 77,25 e 205,25 euros (US$ 113,6 e US$ 302).

A rainha do pop se apresentou sobre um palco gigantesco de 60 metros, com 16 dançarinos e 12 músicos, embora grande parte do show tenha ocorrido sobre uma passarela de 30 metros, que entrava na platéria. Ao longo de sua performance, mudou seis vezes de roupa para mostrar todas as facetas de sua personalidade, com modelos desenhados por estilistas de renome internacional como os franceses Yves Saint Laurent, Givenchy e a britânica Stella McCartney, filha de Paul McCartney.

A turnê que começou no sábado passado na cidade galesa de Cardiff, levará Madonna, até dezembro, para 37 cidades da Europa, América do Norte e América Latina. Para realizar a longa turnê, a cantora americana leva uma pesada bagagem de 3.500 peças de roupa e 250 acompanhantes, entre eles, um quiroprático, uma massagista e um personal trainer.

Madonna tinha cantado pela última vez em Berlim há sete anos, na sua turnê Drowned World, embora durante o último Festival de Cinema de Berlim, em fevereiro, tenha ido à capital alemã para estrear como produtora cinematográfica, sua comédia Filth and Wisdom.

ESTRÉIA-"U2 3D" mostra show da banda com nova tecnologia

"U2 3D" não é propriamente um filme, e sim um show gravado com uma nova tecnologia e exibido nos cinemas. Por isso, o resultado deve agradar em cheio aos fãs da banda irlandesa e causar bocejos em quem não vê muitos atrativos em Bono Vox e sua trupe.

A produção foi feita para ser exibida apenas no formato 3D e por isso estréia nesta sexta-feira em cidades com salas que têm essa tecnologia: São Paulo, Rio de Janeiro, Mauá, Bauru e Florianópolis.

Gravada durante "Vertigo", a turnê da banda na América Latina em 2006 (inclusive São Paulo), a produção é a primeira a usar câmeras 3D digitais, que permitem resultados melhores nos efeitos dos antigos filmes do formato.

Tendo em mente que o filme é uma apresentação musical, a tecnologia aliada ao som 5.1 surround poderia permitir vivenciar a experiência de estar na apresentação ao vivo. Mas não é exatamente isso que acontece.

Por mais que o 3D crie a ilusão de que os músicos estejam a um palmo do público do cinema, é, no mínimo, frustrante assistir a um show de rock no qual a única coisa que se pode fazer é ficar sentado na poltrona observando o público do show de verdade pular e cantar. Ou seja, os efeitos em 3D são muito mais interessantes do que o show filmado.

Dirigido por Mark Pellington ("O Suspeito da Rua Arlington") e Catherine Owens (diretora de videoclipes e conteúdo visual de diversas turnês do U2), "U2 3D" não registra momentos de intimidade da banda -- ou seja, não há nada além dos músicos no palco e o público na platéia dos estádios.

No palco, Bono e companhia cumprem o prometido. Há versões de músicas mais recentes, como "Love and Peace or Else" e "Sometimes You Can't Make It On Your Own", e clássicos como "Sunday Bloody Sunday", "New Year's Day" e "Pride" -- todas muito bem produzidas e apresentadas com vigor.

"U2 3D" vale pela experiência com a nova tecnologia que é muito bem aproveitada pelos diretores -- em especial no final do show, quando o efeito é explorado com um colorido hipnótico.

Novo Superman deve ser tão sombrio quanto Batman

nothing to put here

Os estúdios da Warner ficaram empolgados com o sucesso de Batman - O Cavaleiro das Trevas e pretendem usar da mesma fórmula para lançar seus próximos filmes de super-heróis.

Segundo o jornal The Wall Street Journal, o presidente da Warner, Jeff Robinov, disse que usará do mesmo clima sombrio e pesado utilizado com o Homem-Morcego em outro super-herói: o Superman. Os longas que trouxeram o famoso Clark Kent para as telonas ainda não conseguiram agradar aos fãs mais apaixonados do personagem da DC Comics.

Robinov ainda contou que até 2011 pretende lançar mais oito filmes de super-heróis dos quadrinhos como o Arqueiro Verde, Flash, Mulher-Maravilha, Lanterna Verde e alguns outros integrantes da Liga da Justiça.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Estréia da nova turnê de Madonna, que vai passar pelo Brasil em dezembro: não há show mais pirotécnico no mundo

Madonna quer provar muitas coisas com um sua nova turnê (Sticky & sweet, "Grudento e doce", em português), iniciada na noite de sábado com show para 40 mil pessoas no Millenium Stadium, em Cardiff, no País de Gales. Quer provar que ninguém pode superá-la na hora de unir som, imagem e pirotecnias no palco; que ainda tem a capacidade de reinventar sua própria música; que está ligada nas novas gerações pop, "convidando" (via telão) artistas como Britney Spears, Kanye West e Justin Timberlake para dividir o palco; que tem estofo para fazer comentários políticos, apoiando abertamente o candidato democrata à presidência dos EUA, Barack Obama. E, acima de tudo, provar que, aos 50 anos (completos no último dia 16), ainda tem fôlego físico e mental para agüentar mais de duas horas no palco, em um espetáculo monumental. Não à toa, referências à passagem do tempo, como imagens de relógios, pipocam nos telões aqui e ali ao longo do show. Os brasileiros ansiosos para conferir a presença da estrela ao vivo acabam de ganhar mais uma oportunidade: Madonna vai fazer uma terceira apresentação no Estádio do Morumbi, em São Paulo, no dia 20 de dezembro, a somar-se às duas datas já anunciadas (Rio, dia 14 de dezembro, no Maracanã, e na capital paulista, dia 18).

– Faremos um show extra por causa da grande procura de ingressos – confirma Liz Rosemberg, assessora particular e porta-voz oficial da cantora há 25 anos. Cerca de 160 mil brasileiros ja se cadastraram pela internet para comprar os ingressos (110 mil para São Paulo, 50 mil no Rio), à venda a partir de 1º de setembro.

Pernas da cantora impressionam

Mas já havia brasileiros vendo a estréia do show. Os estudantes baianos radicados em Londres Marcelo Rios, Leonardo Carvalho e Roberta Cruz estavam na pista do Millenium Stadium, devidamente armados com a bandeira verde e amarela.

– Madonna está ótima, muito em forma. Mas não pareceu muito simpática; nem agradeceu ao público – diz Rios, que pagou 200 libras (R$ 603) pelo ingresso na golden area, o equivalente local à pista vip brasileira. – Esse ingresso foi posto à venda por 130 libras, depois aumentaram o preço. Fui roubado pela Ticketmaster!

A primeira coisa que os brasileiros verão no palco são duas gigantescas letras M cor-de-rosa nas laterais. No centro, um grande cubo, que se desmonta em vários telões de vídeo, assim que o show começa. Madonna entra em cena vestida com um corpete preto, botas longas também pretas e um cetro… Nada mais natural para quem surge sentada num trono. Logo após o número de abertura, Candy shop, ela faz a primeira de poucas saudações ao público ("Muito bem, Cardiff!") e emenda em The beat goes on, que conta com a participação (nos telões) dos rappers Pharrell e Kanye West. As pernas musculosas e ágeis da cantora, que dança acompanhada de vários bailarinos vestidos de fraque, só não impressionam mais que a presença de um antigo conversível branco, que anda de verdade e chega bem perto do público.

De cartola branca e empunhando uma guitarra Gibson Les Paul preta, Madonna injeta rock em Human nature (de 1994), e agora é Britney Spears quem surge nos telões. Para Vogue, sobe numa plataforma e dança com quatro bailarinas. É a hora do primeiro intervalo: a cantora some e aparece no telão numa versão bem diferente de Die another day, enquanto no palco acontece uma luta de boxe (com ringue e tudo). Vestindo um short vermelho e uma blusa colante preta, Madonna volta pulando corda enquanto canta o antigo hit Into the groove. É o bloco dedicado aos anos 80, com direito a imagens do artista plástico nova-iorquino Keith Haring nas telas de vídeo e um batalhão de dançarinos de break.

Mais um intervalo – uma versão de Here comes the rain again, dos Eurythimcs, com a presença de dois dançarinos – e, na penumbra, Madonna canta Devil wouldn’t recognize you, vestida com um longo manto preto sobre um piano. Ela tira o manto, revela outro vestido por baixo e dança com monges estilizados em Spanish lesson. Empunha um violão para uma energética Miles away, quando conclama o povo a bater palmas. Em seguida, vem La isla bonita (que vira um batidão latino digno de Shakira, com violinos e violões de influência ibérica). Aí dá uma colher de chá para o cantor Alexander Kolpakov, que interpreta a canção tradicional romena Doli doli. A canja antecede o momento intimista do show, quando Madonna saca (do repertório do musical Evita) a balada You must love me, de novo ao violão.

Obama no telão

O ultradançante interlúdio Get stupid quebra o clima. Imagens de mazelas do mundo surgem nas telas, intercaladas com figuras de John Lennon e Michael Moore. No auge da sinestesia eletrônica, Barack Obama encerra o rodízio de imagens e é muito aplaudido. 4 minutes, o grande sucesso do último CD Hard candy, prenuncia o dançante bloco final. Quatro telões reproduzindo a imagem de Justin Timberlake "dançam" com a cantora. Ray of light inunda o ginásio com rajadas de laser multicolorido, enquanto a estrela toca mais um pouco de guitarra. Ela provoca o público ("Querem que eu cante mais o quê? Sou eu quem manda aqui!", antes de mandar, a capela, um pedacinho de Express yourself). E encerra com Give it to me, o mais recente clipe.

Musicalmente, Madonna esbanja esperteza. Apela para o rock – a velha Borderline vira rockão arena e ela arranca microfonias da guitarra em Hung up. Mostra que saca de mash-ups, ao se auto-samplear e misturar sucessos novos e velhos. E capricha nas batidas eletrônicas, que transformam Like a prayer e La isla bonita. Fica claro que, ao vivo, ela não canta (quase) nada: um playback de sua própria voz a acompanha em todas as músicas e quando ela tenta sair do roteiro, arrisca a desafinar, como em Borderline e Into the groove. Não importa. A voz ali é uma porção mínima da overdose sensorial que Sticky & sweet aplica no público, uma catarata de som, luz, coreografia e imagens que só peca por parecer pré-programada demais. Não é à toa que o show se encerra com a mensagem Game over nos telões – como num videogame.