quinta-feira, 24 de julho de 2008

Qual é a poupança ideal?

A maioria dos brasileiros gasta tudo o que ganha, e grande parte vive endividada. Poucos guardam algum dinheiro para garantir a aposentadoria ou até mesmo para uma emergência. E mesmo quando sobra algum dinheiro, logo pensam em investimentos que estão em desacordo com suas possibilidades.

O ideal, segundo o professor Luiz Jurandir Simões de Araújo, consultor da Fipecafi, é que a pessoa tenha disponível uma economia de pelo menos seis meses de despesas. A explicação para este número é simples. Segundo o consultor, esse é o tempo médio que uma pessoa que perde o emprego leva para se recolocar no mercado. Assim, se suas despesas mensais somam 8 mil reais, sua meta deve ser manter, no mínimo, 64 mil reais aplicados em investimentos conservadores, como renda fixa.

Por isso, saber quanto ganha, quanto gasta, quanto sobra e como é possível investir é uma tarefa necessária para quem quer ter alguma tranqüilidade. E não é difícil de fazer. Depois de saber quanto dinheiro tem em mãos, está na hora de saber quanto risco se pode correr. Isso também é muito relativo, pois não é o montante que importa, mas que tipo de compromissos a pessoa tem.

Se essa pessoa é casada, tem quatro filhos, todos pequenos, e tem R$ 10 mil de reserva, não pode correr nenhum risco com esse dinheiro. Já se for um jovem solteiro, sem compromissos, que só gasta consigo mesmo e dispõe de R$ 10 mil para investir, sua condição permite que aplique em algo mais arrojado.

"Investir é como cuidar de filho", compara o professor. "Você não deixa um filho pequeno no parapeito da janela, pois ele pode cair. Mas se o filho já tem 18 anos, você não vai se preocupar com isso, porque ele sabe dos riscos", diz.

Poupe sempre
Dinheiro é a mesma coisa, tem personalidade. O dinheiro miúdo, a poupança pequena, que vai fazer falta, deve estar bem guardada na renda fixa. A sobra pode ser aplicada com mais liberdade, conhecendo os riscos, ensina.

Outro ponto importante é que as pessoas só pensam em guardar muito, mas não têm regularidade. É mais importante que a pessoa se acostume a economizar, mesmo que seja pouco, mas sempre. As pessoas se esquecem de que, se guardarem R$5 todos os dias, terão, ao final de um ano, R$1.825,00 por ano. Em cinco anos, seria R$9.125,00, sem contar os juros. Nada mal, não?

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