sábado, 12 de julho de 2008

CDs de músicas são vendidos a R$ 5 em máquinas como refrigerantes

Estação Consolação de metrô, avenida Paulista, São Paulo. Ontem, notei que havia uma máquina amarela parecida com as de refrigerante vendendo diversos CDs de música a R$ 5.

Na parte da frente, tinha um adesivo que informa ao consumidor a quem é destinado cada centavo do disco: R$ 1,50 pertence ao artista, R$ 1,50 são referentes a custos de fabricação, R$ 0,50 centavos pagam os impostos, R$ 1,00 são do vendedor e R$ 0,50 cobrem custos da instituição.

Acima da máquina há um endereço da web: www.eletrocooperativa.org, que direciona para o site de uma ONG que nasceu há cinco anos no Pelourinho, em Salvador, Bahia. A instituição trabalha com jovens de baixa renda de 16 a 24 anos.

A maioria dos discos era de cantores desconhecidos, discípulos do próprio projeto, como Eletro Erê (cantigas infantis), Eletropercussiva, Império Negro, Preto Sábio 05, Fefê Gurman. A única exceção, no momento do meu encontro com a máquina, foi o CD "Saiba", de Arnaldo Antunes, mas também há uma obra de Lucas Santana.

Segundo a ONG, os discos usam tecnologia SMD (Semi Metalic Disc), desenvolvida no Brasil. Os discos têm minutagem um pouco menor, com número de faixas que variam entre 5 e 11 e custam cerca de 80% menos.

A assessoria de imprensa da Eletrocooperativa afirmou o objetivo é colocar, nos próximos dois anos, mais sete máquinas na cidade e levá-las também para Salvador —na cidade onde o projeto nasceu ainda não se vende os discos por meio dessas máquinas.

A ONG veio para São Paulo em março do ano passado e se instalou na Vila Madalena. No site, está indicado que a visão da instituição é ser uma empresa que atenda a uma causa social que também esteja pronta para atender o mercado. Para isso, a ONG pretende formar 32 “agentes econômicos” para administrar as máquinas de São Paulo e Salvador.

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