Os ácidos graxos ômega-3, encontrados principalmente em peixes gordurosos, como o salmão e a sardinha, e em nozes, semente de linhaça e ovos, é associado, por diversas pesquisas, ao desenvolvimento cerebral das crianças e à redução do risco de demências em idosos.
Os cientistas do MIT, assim como alguns centros de pesquisas europeus, já estão testando, em pacientes com doença de Alzheimer, uma combinação de suplementos que contém três compostos normalmente encontrados no sangue, incluindo o ômega-3.
Em testes com ratos, os animais tratados com a combinação dos compostos DHA (tipo de ômega-3), uridina e colina tiveram melhor desempenho em testes de aprendizado e memória. Os resultados mostraram também que esses roedores apresentaram 70% mais fosfatídeos (molécula que forma as membranas das células), sugerindo que o coquetel promoveu o crescimento de novas conexões no cérebro de roedores.
O pesquisador Richard Wurtman desenvolveu o tratamento como nova abordagem contra o Alzheimer restaurando as sinapses ou conexões entre as células cerebrais para combater o declínio cognitivo característico da doença.
"Pode ser possível o uso desse tratamento para restaurar parcialmente a função cerebral em pessoas com doenças que reduzem o número de neurônios cerebrais, incluindo, por exemplo, doença de Alzheimer, de Parkinson, derrames, e lesões cerebrais", explicaram os autores, destacando a importância de outros estudos para confirmação.
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