O bom humor nas bolsas de valores ajudou o dólar a fechar em queda nesta quinta-feira, mesmo com a saída de recursos do país em uma sessão volátil.
A divisa fechou a R$ 1,627, com desvalorização de 0,18%. No ano, a baixa acumulada é de 8,44%.
O dólar começou o dia com uma pequena queda, repercutindo com frieza o aumento de 0,5 ponto percentual no juro decidido na véspera pelo Banco Central --conforme a expectativa da maior parte do mercado.
Mas na metade do dia, vários fatores começaram a pressionar a taxa de câmbio. Segundo um operador, houve a retirada de cerca de US$ 500 milhões por uma montadora --estopim para a recuperação da taxa. Na máxima do dia, a moeda alcançou R$ 1,635.
Dados divulgados na quarta-feira pelo Banco Central já mostravam um aumento das saídas de dólares do país. Em maio, o Brasil teve fluxo cambial positivo de apenas US$ 148 milhões, contra US$ 6,7 bilhões em abril.
Além disso, segundo outros operadores, muitos agentes que esperavam a queda do dólar nesta sessão foram surpreendidos pelo repique e ajustaram suas posições, comprando dólares no mercado e dando um pouco mais de gás à moeda.
Um gerente de câmbio de um banco nacional, que preferiu não ser identificado, comentou ainda que o Banco Central "comprou bastante" no leilão habitual no mercado. "Ele entrou agredindo o mercado. Foi além do que o mercado esperava, e ficou faltando dólar", disse.
Segundo o operador de uma corretora, o BC aceitou seis propostas no leilão, com taxa de corte de R$ 1,6275.
Mesmo com esses fatores negativos, porém, a tendência de queda do dólar prevaleceu no final do dia em meio ao ambiente positivo do restante do mercado. A Bolsa de Valores de São Paulo exibia alta de quase 3%, e as bolsas de Nova York subiam mais de 1%.
"Aquela saída só agitou o mercado. Depois foi voltando", disse Milton Mota, operador da SLW Corretora.
quinta-feira, 5 de junho de 2008
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