nova alta da Selic, a taxa de juros básica da economia, e as oscilações do Índice Bovespa estão renovando o interesse dos investidores pela renda fixa. Aplicações em fundo de investimento, Tesouro Direto e até na velha caderneta de poupança estão retomando o fôlego.
Até o dia 5, os fundos de renda fixa captaram mais de R$ 3 bilhões, segundo informa o consolidado da Anbid (Associação Nacional dos Bancos de Investimento). Os fundos multimercados, em compensação, perderam R$ 1,4 bilhão de patrimônio.
Ruy Araújo, da Método Investimentos, lembra que essa última elevação que alçou a Selic ao nível de 12,25% ao ano, não é a última prevista pelo mercado.
Segundo ele, os analistas estão apostando em pelo menos outros quatro aumentos de 0,25 ponto percentual da taxa, o que, se comprovado, fará com que a taxa básica de remuneração dos títulos públicos termine 2008 em 14,25%. Esse preço, segundo Araújo, já está embutido nos papéis prefixados, o que faz com que o investidor que escolha esse investimento já garanta essa remuneração.
Para ele, quem é conservador deve aplicar a maior parte da fatia destinada à renda fixa em fundos DI, compostos de papéis pós-fixados, ou seja, que faturam com o aumento da taxa de juros. "A dúvida agora é o que vai ocorrer em 2009. Quando tivermos uma noção mais clara do cenário, pode-se destinar uma fatia maior para outras formas de aplicação".
Para Roseli Machado, diretora de Gestão de Investimentos da Fator Administradora de Recursos, a renda fixa é uma opção interessante para quem quer alocar recursos apenas no curto prazo. Para ela, a visão de longo prazo do país ainda é da queda da taxa de juros e um desempenho mais atraente do mercado acionário.
"Quem pretende investir para fazer um pé-de-meia para o futuro, como guardar dinheiro para a aposentadoria, tem que deixar um pedaço bom (dos investimentos) em Bolsa", aconselha.
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sexta-feira, 27 de junho de 2008
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