sexta-feira, 27 de junho de 2008

Como escolher onde investir na renda fixa

Se investir em renda fixa é uma maneira de garantir um rendimento no fim do mês, a dúvida é onde alocar estes recursos: se em fundos, Tesouro Direto ou poupança.

O matemático financeiro José Dutra Viera Sobrinho, vice-presidente da Ordem dos Economistas do Brasil, lembra que o aumento da Selic fez com que a poupança perdesse um pouco da atratividade que vinha apresentando em relação aos fundos de investimento.

"Devido às taxas de administração, alguns fundos estavam empatando na rentabilidade com a caderneta", diz. Com a alta dos juros, essa possibilidade diminui. Mesmo assim, ele acredita que o Tesouro Direto ainda é uma opção mais interessante para o investidor, pois não cobra taxas de administração.

Ruy Araújo, da Método Investimentos, lembra que esse fator nem sempre é garantia de melhor rentabilidade, pois as instituições podem cobrar custos de transação, que variam muito de casa para casa. "Há aquelas que não cobram nada e outras que cobram tanto quanto um fundo", diz.

Para ele, antes de investir em um fundo deve-se fazer uma análise qualitativa e quantitativa das instituições. A análise qualitativa envolve o histórico de gestão do fundo e suas medidas de análise de risco. A quantitativa refere-se à cobrança de taxa de administração.

"Para um fundo multimercado, acredito que 2% é o limite para se garantir alguma rentabilidade. Em um fundo de renda fixa, o máximo é 1% de taxa. Acima disso, já é abusivo", ensina Araújo.

Roseli Machado, da Fator, é ainda mais rígida neste controle. "Acho que 0,6% de taxa de administração é o máximo para fundos DI. Mais que isso fica inviável."

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