terça-feira, 13 de maio de 2008

TAM planeja aumentar preço de passagens devido ao petróleo

A TAM informou nesta terça-feira que planeja aumentar o seu yield (preço pago por cliente por quilômetro transportado) até o final do ano, como forma de amenizar a alta do preço dos combustíveis.

Segundo Líbano Barroso, vice-presidente de finanças e de relações com investidores da companhia aérea, ao final do ano o yield doméstico deverá estar 7% maior do que em 2007. Já o yield dos vôos internacionais deve crescer 5% em dólares.

"Os aumentos serão aplicados ao longo do ano, de modo a não reduzir a porcentagem de assentos ocupados nos vôos", informou Barroso durante a teleconferência de resultados da empresa no primeiro trimestre. A TAM teve lucro de R$ 2,6 milhões, aproximadamente 96% menor do que no mesmo período do ano passado.

Barroso lembrou que, mesmo com essa alta, não recuperará o yield perdido entre 2006 e 2007. "Mesmo com a recuperação, estaremos aquém de 2006", explicou. "É nossa obrigação fomentar a demanda."

A alta no preço das passagens tem como meta diminuir o impacto do preço dos combustíveis. No primeiro trimestre, por exemplo, o gasto com combustíveis subiu 48,1% na comparação com o mesmo período do ano passado, chegando a R$ 844,8 milhões. Em conseqüência, o CASK (custo por assento por quilômetro) da TAM cresceu 2,1%, enquanto que o CASK sem contar combustíveis caiu 5,5%.

A empresa espera que o preço médio do barril de petróleo do tipo WTI, negociado em Nova York, fique em média entre US$ 115 e US$ 120 o barril em 2008. Na virada do ano, o preço médio esperado era bem menor, na casa dos US$ 90.

Mas parte do aumento do combustíveis também será amenizada graças a alguns mecanismos de hegde (proteção financeira). Segundo Barroso, cerca de 38% dos gastos com combustíveis estão com essa proteção.

Sobre a possibilidade de aumento de custos devido à determinação de ressarcir clientes que tiveram vôos atrasados, o presidente da TAM, David Barioni Neto, se mostrou despreocupado.

"Temos o menor índice de atrasos", explica. "O impacto [dos ressarcimentos] será desprezível em nossos resultados."

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