quarta-feira, 28 de maio de 2008

Estudo demonstra que fazer exercícios após refeições ajuda a perder peso

Uma equipe de cientistas britânicos provou que realizar exercícios uma hora após as refeições ajuda a perder peso, ao estimular os hormônios que regulam o apetite.

Publicado no último número da revista "Journal Of Clinical Endocrinology"de Junho de 2007, o estudo revela que a realização de atividades físicas depois das refeições eleva os níveis dos hormônios PYY, GLP-1 e PP, encarregados de informar ao cérebro que o estômago está cheio.

Segundo o experimento, elaborado por cientistas da universidade de Surrey e do Imperial College London, graças a esses hormônios, as pessoas se sentem menos famintas após fazer exercícios.

Para realizar o estudo, seis dos doze voluntários se exercitaram em uma bicicleta ergométrica, uma hora após terem tomado o café da manhã, enquanto a outra metade do grupo repousou.

Uma hora após o fim dos exercícios, ambos os grupos puderam comer tudo o que queriam.

Os voluntários que haviam pedalado durante uma hora, queimando 492 quilocalorias, frente às 197 quilocalorias do grupo que repousou, ingeriram 913 quilocalorias, 151 quilocalorias a mais do que os demais.

Quando os cientistas diminuíram a energia queimada da consumida por ambos os grupos, concluíram que os desportistas ganharam 421 quilocalorias, em comparação com as 565 quilocalorias dos inativos, ao tempo que aumentaram seus níveis de hormônios PYY, GLP-1 e PP.

A diretora do projeto, Denise Robertson, afirmou que os resultados demonstram que os exercícios podem alterar o apetite das pessoas ativas, de modo a lhes ajudar a manter e a perder peso, assim como a desenvolver um estilo de vida mais saudável.

Os especialistas recomendam pelo menos 30 minutos de atividade física, durante cinco dias por semana

Princípios do treinamento

Princípios elementares para o treinamento não competitivo

A elaboração de qualquer plano de treinamento destinado para adultos com o objetivo de realizar uma atividade física para manter a boa forma, sem um enfoque competitivo, requer, por parte de quem elabora este plano, um conhecimento profundo do grupo para o qual este treinamento é dirigido e de suas características fundamentais.
Como elemento básico basta mencionar o fato de que todo indivíduo com a idade de 40 anos ou mais, tendo ou não fatores de risco coronarianos, deve submeter-se a um exame médico completo, antes de iniciar qualquer programa de atividade física.
A grande difusão do esporte competitivo tem gerado uma importante consciência social a respeito dos benefícios da atividade física na saúde, mas devemos nos manter atentos e evitar extrapolar os princípios que regem a atividade de treinamento de quem busca baixar tempos e alcançar o máximo de rendimento e daqueles que buscam a atividade física com objetivos lúdicos e de preservação da saúde.
Os programas de atividade física sem finalidade competitiva compreendem todas as práticas físico-desportivas que, sem buscar o máximo de rendimento das qualidades trabalhadas, contribuem para a criação de hábitos de vida mais saudáveis (modificação da dieta, redução ou abandono de hábitos tóxicos) que tendem a melhorar a saúde.
Abordada sob este ângulo a prática esportiva não tem limite de idade nem de sexo, depende simplesmente da associação do programa de treinamento às características particulares de cada indivíduo, segundo os princípios que regem o treinamento.

Princípios que Regem o Treinamento

Princípio da relação ótima entre esforço e descanso

Baseia-se na necessidade de uma pausa para a recuperação muscular após uma sessão de treinamento.
O tempo necessário dependerá de fatores como o caráter da atividade física (qualidade física trabalhada, volume, intensidade, duração, etc.) e do nível de treinamento do indivíduo. Quanto maior for este último, menores podem ser as pausas de recuperação.
Se não for respeitado o período adequado de recuperação, pode ocorrer uma sobrecarga. Isto se caracteriza pela realização de nova sessão de treinamento físico antes que o organismo da pessoa se encontre totalmente preparado para tal, em outras palavras, na fase de desequilíbrio (o tempo de recuperação adequado permite que o corpo alcance novamente um ponto de equilíbrio necessário para a realização de nova sessão de treinamento). Ao ser desrespeitado o tempo de recuperação adequado entre as sessões, produz-se uma diminuição descontrolada do rendimento e portanto, da forma física do indivíduo.
O segredo do treinamento consiste em "adaptar primeiro, desacostumar depois, para enfim voltar a adaptar-se e assim alcançar, no grande ciclo anual de treinamento, os níveis iniciais dos picos de maior rendimento." Fazendo isto, há a possibilidade de desenvolvimento de uma adaptação no ano seguinte, em um melhor nível de performance em cada uma destas etapas.

Princípio de adaptação à idade:

A resposta que cada indivíduo pode dar ao treinamento físico está intimamente relacionada à sua idade biológica.
Nas etapas médias da vida, a atividade pode ser livremente orientada segundo as características e preferências de cada um, mas é fundamental saber atender as pessoas nas idades "extremas". Assim, na infância as atividades devem ser orientadas para o desenvolvimento da coordenação, uma etapa fundamental no aprendizado. Na terceira idade a atividade física buscará evitar o retrocesso da coordenação e do condicionamento físico geral.

Princípio da carga contínua de treinamento:

O conceito de carga contínua de treinamento refere-se à sucessão continuada dos exercícios.
É de importância fundamental a continuidade e a regularidade do estímulo. Uma vez que isto seja cumprido, a melhora no condicionamento físico e os efeitos benéficos serão mais visíveis.
A divisão da carga de treinamento em três ou quatro dias na semana é a melhor forma de treinamento. Assim o trabalho apresentará resultados mais harmônicos e equilibrados. Especialmente quando se comparam pessoas que realizam atividades desta forma com aquelas que realizam atividades físicas somente durante os fins de semana dedicando várias horas a uma única atividade e mantendo-se inativos durante o resto da semana.

Princípio da carga crescente:

Este princípio se baseia no fato de que o indivíduo se adapta aos estímulos de treinamento e, à medida que estes não são incrementados, deixam de produzir novas adaptações e o progresso do treinamento é interrompido. O aumento da carga de treinamento se realiza em função de duas variáveis:

Carga = Volume x intensidade

A progressão da carga deve ser feita em função de um ou outro parâmetro, sendo aconselhável que a princípio o aumento seja em função do volume e depois em função da intensidade.
Quando se trata de crianças e adolescentes, o aumento da carga deve ser avaliado e administrado de maneira muito cuidadosa e progressiva já que pode produzir alterações das estruturas músculo-esqueléticas por sobrecarga das mesmas.
A relação entre aumento da carga de treinamento e melhora do rendimento do indivíduo não é linear, por isso as cargas de trabalho devem ser revisadas e ajustadas periodicamente.

Princípio da eficácia do estímulo:

O estímulo de carga ou treinamento que recebe o indivíduo deve superar um determinado limite para que se produza uma melhora do estado físico. Este limite é determinado pelo nível de treinamento do desportista em questão. É por isso que os planos de atividade física devem ser o mais individualizado possível, e adaptados para a pessoa a quem se destina este plano.
Se o estímulo é eficiente, produz-se um desequilíbrio no estado físico do indivíduo. Durante o período de recuperação o estado físico estará abaixo de seu limite por causa do cansaço. Uma vez que a recuperação esteja completa, passa-se à fase de supercompensação no qual ocorre um aumento do limite; o novo limite é agora maior do que o limite inicial. Isto é o que ocorre quando a atividade física apresenta resultados positivos.
Devemos considerar que os princípios de treinamento são imprescindíveis quando se objetiva elaborar planos de treinamento competitivo, nos quais o objetivo é a obtenção de um maior rendimento do desportista. Estes tópicos não devem ser esquecidos no caso de treinamento não competitivo, já que são elementos que permitirão dar coerência ao trabalho realizado e obter os resultados mais proveitosos e eficientes para quem os pratica.

Programas de Treinamento

Dando continuidade, veremos os princípios básicos de treinamento da resistência através da atividade aeróbica orientados a partir dos diferentes grupos.

Programa de treinamento para iniciantes:

Destinado para sedentários ou pessoas com baixo nível de resistência.

O tempo total de treinamento de resistência deve estar ao redor de 60 minutos. A intensidade da carga deve ser ao redor de 50% da capacidade cardiovascular máxima. A duração da carga deve variar entre um mínimo de 10 a 12 minutos e um máximo de 30 minutos. A freqüência do treinamento deve estar entre duas sessões semanais (30 minutos de duração) a cinco sessões semanais (12 minutos de duração).
Para pessoas sedentárias este programa pode estar intenso. Nestes casos recomenda-se trabalhar com intensidades menores, mas aumentando o volume de trabalho para 45 minutos a 1 hora de caminhada ativa por dia. Outra possibilidade é o fracionamento do trabalho com intervalos que chamamos de descanso ativo (não ficar quieto, sem caminhar) que irão sendo reduzidos à medida que o treinamento vai melhorando.

As características deste programa atendem às recomendações do Colégio Americano de Medicina Esportiva (American College of Sports Medicine) no que se referem à exercícios de desenvolvimento e manutenção muscular e cardio-respiratórios em adultos saudáveis.

Programa de treinamento com base ótima:

Destinado a pessoas que têm mantido uma regularidade no treinamento de resistência, o que permite trabalharem em um nível mais elevado.
A carga semanal pode variar entre duas e quatro horas. A intensidade da carga pode ser de cerca de 70% da capacidade cardiovascular máxima. A duração da carga por sessão variará entre um mínimo de 30 minutos e um máximo de 60. A freqüência de treinamento será de três a seis sessões por semana.
Qualquer que seja o nível em que se trabalhe, é fundamental a regulação da intensidade do trabalho. Isto pode ser feito controlando-se a FC (freqüência cardíaca) durante um minuto para que se calcule qual a porcentagem da freqüência cardiovascular máxima na qual o trabalho está sendo realizado. A fórmula mais aceita para o cálculo da mesma é a seguinte: FC máx = 220 – idade.

Pilates ajuda a diminuir dores e tensões

Ao descobrirem que estão grávidas, as mulheres tendem a mudar seus hábitos e passam a ter diversos cuidados e preocupações com a saúde. A professora de Pilates, Maria Lúcia Santos, desenvolve um trabalho especial para gestantes. Segundo a professora, “melhora da postura, exercícios para a respiração, relaxamento, e fortalecimento dos músculos em geral, principalmente das regiões pélvica e abdominal, são alguns dos benefícios trazidos à gestantes pela prática do Pilates”.

Os benefícios da atividade começam pelo trabalho respiratório muito importante para a gestante, pois diminui o nível de estresse, melhora a circulação sanguínea e também beneficia o bebê com a melhora da oxigenação no organismo da futura mamãe. Há também uma melhora significativa na postura. “Isso é muito importante para a mulher durante este período, porque, com o aumento da barriga e dos seios, algumas dores podem aparecer e ela precisa fortalecer todo o corpo para que essas mudanças não se transformem em dores insuportáveis”, afirma a professora Lúcia.

Além disso, o Pilates aumenta ainda a resistência física, mental, flexibilidade, tônus e força muscular, alivia tensões, estresse e dores crônicas, alonga e melhora a coordenação motora, melhora a mobilidade das articulações, estimula o sistema circulatório e a oxigenação do sangue, fortalece os órgãos internos e aumenta a concentração. E os benefícios vão até o parto e sua recuperação, principalmente se for um parto normal, pelo fato de ter um trabalho intenso de fortalecimento do assoalho pélvico e músculos abdominais, importantes para a hora do parto, ao mostrar a ela que tipo de força deve fazer e o momento em que deve relaxar.

Para o bebê os benefícios também são grandes e positivos, pois ao praticar o Pilates, a gestante leva mais oxigênio para ele. “Através da respiração ela relaxa mais, e isto é ótimo para o bebê. A prática da atividade física faz toda a diferença para a gestante, pois a disposição dela também melhora muito”, afirma Maria Lúcia.

Ainda de acordo com a professora, “se a mulher já praticava a atividade antes de engravidar, pode continuar, se não praticava, é indicada uma consulta médica para ter segurança e saber quando iniciar os exercícios. Se não houver nenhum desconforto ou dores, ela poderá praticar o Pilates até o final da gestação”. Apenas em casos de gestação de risco, hipertensão e diabetes a atividade não seria indicada. Mas isso também é muito relativo, por isso, a mulher deve sempre ter um acompanhamento médico.

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