sábado, 17 de maio de 2008

França defende descriminalização universal da homossexualidade

A França pretende defender na ONU (Organização das Nações Unidas), enquanto estiver à frente da Presidência rotativa da UE (União Européia) --no segundo semestre do ano--, a "descriminalização universal" da homossexualidade, disse neste sábado a secretária de Estado de Direitos Humanos, Rama Yade.

Por ocasião do Dia Internacional contra a Homofobia, celebrado hoje, Yade se reuniu com associações que lutam contra as discriminações derivadas da orientação sexual.

A secretária de Estado anunciou aos seus interlocutores que o governo francês agora reconhece "oficialmente" a data, segundo um comunicado do Ministério de Assuntos Exteriores.

Yade também apresentou às associações "o princípio de uma iniciativa européia" que pede a "descriminalização universal da homossexualidade" e que a França pretende levar à Assembléia Geral da ONU no próximo semestre.

Os planos da secretária de Direitos Humanos são de que esta iniciativa seja levada adiante "em estreita colaboração" com as associações de homossexuais.

Além disso, Yade se comprometeu a abordar os casos de homofobia constatados em suas viagens ao exterior, conclui a nota. Segundo dados de diferentes ONGs, a homossexualidade continua sendo um delito em quase 80 países.

Grupo muçulmano afirma que Alá criou a homossexualidade

A homossexualidade foi criada por Alá e é algo natural, por isso deve ser permitido dentro do islã, concluiu um grupo de estudiosos muçulmanos na Indonésia.

O grupo afirmou que a rejeição sofrida pelos homossexuais na Indonésia por questões religiosas não faz sentido e se deve, em grande medida, a certas interpretações intolerantes do Corão, informou nesta sexta-feira o jornal local "The Jakarta Post".

Siti Musdah Mulia, membro da Conferência de Religiões e Paz do país, explicou que o livro sagrado para os muçulmanos diz que é uma bênção que todos os seres humanos sejam iguais, independentemente de sua raça, riqueza, posição social ou inclusive sua orientação sexual.

"Aos olhos de Deus, as pessoas são avaliadas em função de sua piedade", e julgá-las é "uma prerrogativa divina", ressaltou.

A editora da revista local "Mata Air", Soffa Ihsan, destacou que é necessário continuar com a "Ijtihad", o processo legal de fazer uma nova interpretação dos textos sagrados para evitar que fiquem ancorados no passado.

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