A 61º edição do Festival de Cannes abre nesta quarta-feira com um filme de um diretor brasileiro, Fernando Meirelles. "Ensaio Sobre a Cegueira", inspirado na obra do português José Saramago, prêmio Nobel de Literatura, é uma co-produção de Brasil, Canadá e Japão.
O filme traz grandes nomes como a atriz Julianne Moore e passou em locações como São Paulo e Canadá. Ambicioso, é mais uma adaptação de livro filmada por Meirelles --assim como "Cidade de Deus" e "O Jardineiro Fiel"--, mas que traz a dificuldade de trabalhar com personagens que não possuem nome na obra inspiradora.
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| Cena de "Ensaio Sobre a Cegueira", do cineasta Fernando Meirelles, que abre o 61º Festival de Cannes; confira galeria de imagens |
Nos créditos do longa-metragem, o uruguaio Cesar Charlone, que esteve em Cannes no último ano com "O Banheiro do Papa" na mostra Um Certo Olhar. O filme é uma co-produção de Uruguai, Brasil e França.
Outro peso-pesado do Brasil neste ano em Cannes é "Linha de Passe", dirigido por Walter Salles e Daniela Thomas. O filme se passa em São Paulo e traz o cotidiano de 20 milhões de habitantes, 200 km de congestionamento e 300 mil motociclistas, como diz a própria sinopse do filme em Cannes. Em meio a todos estes números, quatro irmãos tentam se redefinir.
Ambos os filmes estão na mostra competitiva do festival, que também traz outra co-produção na qual figura o Brasil, "Leonera". A produção de Argentina, Coréia do Sul e Brasil é dirigida pelo argentino Pablo Trapero.
Na mostra Um Certo Olhar, o ator Matheus Nachtergaele mostra um pouco de seu lado diretor com o longa-metragem "A Festa da Menina Morta". Trata-se também de uma co-produção, entre Brasil e Portugal, e traz a história de Santinho, um jovem que ganhou o status de santo em uma comunidade ribeirinha do Estado do Amazonas.
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