sexta-feira, 9 de maio de 2008

Monique perde e depende de revezamento para ir a Pequim

Monique Ferreira bem que tentou, mas ficou muito longe do índice olímpico para os 400 m livre. Nesta sexta-feira, a nadadora venceu a prova no Troféu Maria Lenk, mas seu tempo ficou distante do necessário para alcançar os Jogos de Pequim. A atleta do Pinheiros venceu a distância de ponta a ponta com 4min15s52, bem distante dos 4min11s26 necessários para ir à China.

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Agora, a única chance de Monique chegar aos Jogos de Pequim é pelo revezamento
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"Achei que fiquei até por uma diferença grande do índice, não esperava ir tão mal", disse Monique após a prova que acabou com sua última chance de ir a Pequim em uma prova individual. "Meu sonho era repetir Atenas e competir mais uma vez, mas agora vou tentar descansar para os revezamentos."

A nadadora disse que não daria desculpas pelo fracasso. "Não tem o que dizer e não estou me justificando, mas sofri um estiramento na coluna lombar que me tirou dez dias de treino, e isso fez diferença", disse Monique.

A nadadora, no entanto, frisou que está feliz pelas nadadoras que representarão o país no seu lugar, como Gabriella Silva e Daynara de Paula, novatas na seleção olímpica. "A natação brasileira está evoluindo e acho que elas têm tudo para melhorar os tempos até agosto e tentar uma semifinal."

A segunda colocada, Isabelle Franca, encerrou a prova quase seis segundos após Monique, com 4min21s46. Betina Lorscheitter (4min23s90) completou o pódio.

Sem tempo para disputar a final A, Mariana Brochado, que não conseguiu a façanha de ir à segunda olimpíada seguida, ficou apenas no terceiro lugar da final B com 4min29s33. Poliana Okimoto venceu a prova (4min19s57), seguida por Paula Baracho (4min20s44).

Na versão masculina da prova, venceu quem era o favorito, Thiago Pereira. Classificado apenas com o oitavo melhor tempo, o multimedalhista pan-americano viu Rodrigo Castro abrir boa vantagem ao longo do percurso, mas se recuperou nos metros finais e garantiu o ouro com o tempo de 3m53s02, novo recorde do campeonato.

Castro ficou com a segunda colocação, a apenas 55 centésimos de Pereira. O atleta tem índice olímpico nos 200 m livre, mas não conseguiu vaga nos 400 m. Felipe May e Armando Negreiros, que também estavam tentando índice, ficaram acima da marca estabelecido, em terceiro e quarto lugares, respectivamente.

Dois dias após índice, Joanna bate novo recorde brasileiro

O Troféu Maria Lenk de 2008 trará boas lembranças para Joanna Maranhão. Dois dias após registrar índice olímpico para os 400 m medley, a recifense venceu a prova dos 200 m costas (sem índice) e registrou o novo recorde brasileiro. Joanna encerrou a distância com 2min16s68.

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A conquista do índice olímpico no 400 m medley, prova que consagrou Joanna Maranhão nas Olimpíadas de Atenas, quando foi a quinta colocada, deu nova ambição à recifense, que tem agora meta audaciosa: disputar 3 provas em Pequim.
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"Depois do índice, eu relaxei. Estou muito feliz com esse recorde, mas sinto que poderia ter nadado ainda melhor. Arrisquei na estratégia e acho que poderia ter sido mais agressiva, mas tudo bem", disse Joanna, sorridente.

A versão masculina da prova também teve novo recorde, esse do campeonato. Segundo melhor nas eliminatórias, Lucas Salatta superou André Schultz nos metros finais e levou o ouro com 1m58s82, abaixo até do 1m59s51 que já havia lhe garantido vaga em Pequim

Schultz foi o segundo colocado com 1min59s90. Na classificatória, o nadador já havia melhorado bastante seu tempo, o que lhe deu expectativas de índice olímpico (1min59s72) para a decisão. A vaga, porém, não veio.

"Fiquei feliz com a prova, abaixei quase quatro segundos, não tenho do que reclamar. Não faltou nada, eu nadei bem, mas não deu", afirmou um resignado André Schultz.

O nadador, no entanto, ainda tem chances de conquistar sua vaga olímpica. "Vou tentar nos 200 m medley, e estou bem confiante", disse Schultz, que reclamou do cansaço do início de temporada no exterior. "Lá, tivemos muitas competições, e tudo em jardas. Minha preparação para o NCAA (Campeonato Universitário) foi pesada, e acho que senti um pouco."

Fernando Santos garantiu a medalha de bronze com 2min02s65

Cielo vence prova não-olímpica; Gabriella bate Daynara outra vez

Prova não-olímpica, os 50 m borboleta tiveram competidores de peso na final desta sexta-feira no Troféu Maria Lenk. Kaio Márcio, Nicholas Santos e Glauber Silva estavam na briga, mas quem confirmou o favoritismo foi César Cielo.

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César Cielo mergulha para disputar - e ganhar - a prova dos 50 m borboleta
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Com 24s02, o nadador melhorou sua marca das eliminatórias em dois centésimos e ficou com a medalha de ouro, seguido por Guilherme Roth (24s13) e Marcos Antônio Macedo (24s21).

Com seus dois índices olímpicos, Cielo comentou o fato de disputar uma prova não inclusa no programa dos Jogos. "Competir é sempre bom, mesmo não valendo vaga para as Olimpíadas. Quando dá pra vencer sem treinar, então, é ainda melhor", disse.

Cielo superou o principal nome no estilo do país, Kaio Márcio, que foi o último da final, mas defendeu o adversário. "Kaio está treinando pesado para os 100 m e os 200 m borboleta, então não está preocupado com isso. Para alguns caras, já com índice, o objetivo aqui é mais nadar mesmo, ajudar o clube. O Kaio Márcio está com a cabeça lá em Pequim já".

Apesar das estrelas da prova masculina, foi a versão feminina que chamou mais atenção no Parque Maria Lenk. Afinal, estavam mais uma vez lado a lado nas raias Gabriella Silva e Daynara Lopes Ferreira, que na última quarta-feira garantiram índice olímpico nos 100 m borboleta.

Na decisão desta sexta, Gabriella levou a melhor novamente sobre a 'rival', cravando o novo brasileiro dos 50 m borboleta: 26s69. Daynara ficou na segunda colocação com 26s96, seguida por Carolina Henao e Jamilla Cassia Marson (ambas com 27s44)

"Viajado", Kaio Márcio diz que "perdeu respeito" por Phelps

Dois meses de torneios e treinos no exterior deram ao paraibano Kaio Márcio, dono de vagas olímpicas nos 100 m e 200 m borboleta e esperança de medalha em Pequim, uma nova onda de confiança. Depois de nadar ao lado do fenômeno norte-americano Michael Phelps, Kaio parece ter desmitificado o até então temido favorito ao ouro.

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O grande destaque das eliminatórias desta sexta-feira do Troféu Maria Lenk, última seletiva olímpica da natação, foi o paraibano Kaio Márcio, que superou o próprio recorde sul-americano nas prévias dos 200 m borboleta, prova em que detém o índice olímpico, além dos 100 m do estilo. Kaio nadou 1min55s14, e baixou em 31 centésimos sua marca anterior, ainda dos Jogos Pan-Americanos do Rio.

Apesar do frio no Parque Aquático, o paraibano nadou forte, e disse estar ansioso para a final. "Foi uma boa surpresa. Meu objetivo é baixar ainda mais, quero fazer 1min54 amanhã. Vamos ver", disse o nadador, que também é o recordista dos 100 m borboleta.
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"Antes, eu o via como um ídolo, mas competir ao lado dele me fez perder o respeito por ele", disse o paraibano. "Agora, ele é mais um adversário." Kaio nadou no GP de Ohio, no mês passado, e fez um tempo 1 centésimo melhor do que o algoz nas eliminatórias dos 100 m borboleta. Na decisão, porém, Phelps venceu, e o brasileiro foi o quarto.

Mas a técnica de Kaio, Rosane Carneiro, prefere se ater ao que realmente considera que tem feito a diferença na preparação: viajar. "Em 2004, Kaio ainda era muito novinho, não teve a chance de se preparar fora do país", lembra ela, que já tem três anos de trabalho ao lado nadador. "Quando ele foi para a Olimpíada, foi aquele baque. Agora não, teve a chance de nadar ao lado de alguns dos atletas que serão competidores dele lá, e já sabe o que o espera."

Sobre o recente encontro com Phelps, no entanto, a treinadora é mais cautelosa. "Aquilo não teve grande significado. Ninguém força para entrar na final, eliminatória não serve de base de comparação", minimizou Rosane.

O paraibano também já sente os efeitos da empreitada. "Estou mais confiante, mais experiente. Sei que hoje a situação é muito diferente. Estou indo para competir bem e sei que posso ficar entre os primeiros", diz o nadador.

Em Atenas, aos 19 anos, Kaio viu Phelps levar o ouro em suas duas provas, e teve como melhor colocação um 17º lugar nos 100 m borboleta, e o 19º nos 200 m do estilo.

Para Rosane, seu pupilo está de novo em ótima fase. "Ele passou por um período difícil, de problemas físicos, mas agora voltou a ficar confiante", comentou a treinadora.

Kaio Márcio bate recorde sul-americano nos 200 m borboleta, e promete baixar mais

O grande destaque das eliminatórias desta sexta-feira do Troféu Maria Lenk, última seletiva olímpica da natação, foi o paraibano Kaio Márcio, que superou o próprio recorde sul-americano nas prévias dos 200 m borboleta, prova em que detém o índice olímpico, além dos 100 m do estilo. Kaio nadou 1min55s14, e baixou em 31 centésimos sua marca anterior, ainda dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro.

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Paraibano Kaio Márcio superou o próprio recorde sul-americano nos 200 m borboleta
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Apesar do frio no Parque Aquático, o paraibano nadou forte, e disse estar ansioso para a final. "Foi uma boa surpresa. Meu objetivo é baixar ainda mais, quero fazer 1min54 amanhã. Vamos ver", disse o nadador, que também é o recordista dos 100 m borboleta.

"Kaio está nessa competição para ajudar o clube, o Unisanta, mas também para avaliar o resultado desses meses iniciais de treinamento", contou a treinadora do nadador, Rosane Carneiro. Kaio competiu na quarta série, e foi seguido de longe por Gustavo Calado, que fez o segundo melhor tempo, 01min58s79. O terceiro colocado foi Lucas Salatta, já classificado para Pequim nos 200 m costas, que fez 1min59s06.

Na prova feminina, porém, a expectativa pela apresentação da recifense Joanna Maranhão não se comprovou. Já com índice nos 400 m medley, Joanna foi superada por Daiene Dias, que fez o melhor tempo, 2min14s97, e ficou em segundo, com 2min15s60. A nadadora de medley tenta seu segundo índice olímpico nessa prova, além dos 200 m medley, também na mira. Em temporada de treinos nos Estados Unidos, Joanna chegou a atingir o índice (2min10s84), mas não assegurou a vaga por tê-lo feito no GP de Stanford, competição que não faz parte do calendário de seletivas oficiais da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA).

Nas provas não-olímpicas do 50 m peito, Felipe Lima fez o melhor tempo, e com 27s58, baixou muito o tempo que detinha como marca sul-americana, 27s94 obtidos em Bancoc no ano passado. Felipe Franca veio logo atrás, com 27s74, marca também melhor do que o antigo recorde continental. Entre as mulheres, Tatiane Sakemi, principal nome do nado no país, lidera as finais do sábado com 32s61. Em segundo, Carolina Mussi chegou perto da colega do Pinheiros, com 32s82.

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