A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, entregou na manhã desta terça (13) uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pedindo o seu desligamento do cargo.
O motivo da demissão ainda não é conhecido. Segundo a assessoria de imprensa do Ministério do Meio Ambiente, o pedido tem caráter irrevogável. O Palácio do Planalto não confirma ter recebido o pedido de demissão.
![]() Marina Silva com o presidente Lula em cerimônia no Planalto no último dia 8 |
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Apesar de a informação não ser ainda confirmada pelo Palácio do Planalto, o presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), lamentou a decisão da ministra.
"A ministra Marina Silva é uma militante histórica do PT, da causa ambiental e da Amazônia. Ela imprimiu ao ministério aquelas que são as suas convicções e deu uma contribuição muito importante para o governo."
Para o deputado federal, José Eduardo Cardozo (PT-SP), que também é secretário-geral do PT, a saída da ministra é uma perda para o governo. "Independentemente do motivo, é uma perda grande para o governo e para o país. É uma ministra excelente que conhece bem o funcionamento do ministério e do partido", afirmou.
Quem é Marina Silva
Marina Osmarina Silva de Lima, 50, começou sua carreira política militando nas CEBs (Comunidades Eclesiais de Base), ligada à Igreja Católica. Em 1988 foi eleita vereadora de Rio Branco, no Acre. Dois anos depois, se elegeu deputada estadual e, em 1994, aos 38 anos, chegou ao Senado Federal como a mais jovem senadora do país.
Sua carreira concentrou-se nas áreas de direitos humanos, cidadania, meio ambiente e desenvolvimento sustentável. Integra a equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva desde o primeiro dia do primeiro mandato, em 2003, sempre na pasta do Meio Ambiente.
Ex-seringueira, Marina Silva se filiou ao PT em 1985 e lançou sua candidatura para deputada federal para ajudar o líder seringueiro Chico Mendes, morto em 1988, que era candidato a deputado estadual.
Marina aprendeu a ler já adolescente, já que no Seringal Bagaço, a 70 km de Rio Branco, onde nasceu, não havia escolas. Mais tarde, em 1985, formou-se em História pela Universidade Federal do Acre.
Na universidade, entrou para o PRC (Partido Revolucionário Comunista), grupo semi clandestino que fazia oposição ao regime militar, e deixou de lado o desejo de ser freira
Depois de formada, começou a dar aulas de história e participar do movimento sindical dos professores. Junto com Chico Mendes, em 1984, fundou a CUT (Central Única dos Trabalhadores) no Acre.
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