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| Depois de ser acusado de agredir travesti, Rômulo Arantes Neto é a capa da "Junior" |
A entrevista do ator foi publicada pela coluna Mônica Bergamo, na Folha deste sábado (10), que está nas bancas. O conteúdo completo é exclusivo para assinantes UOL e Folha.
Na época, o ator disse ter confundido o travesti com mulher. "Se não está no seu estado sóbrio, isso acaba alterando um pouco a sua visão", diz. Rômulo, que afirma ser heterossexual, é a capa da revista gay "Junior" que chega às bancas no próximo dia 19.
Durante a entrevista à coluna, o ator contou o que pensa dos travestis: "É um povo insatisfeito, muito infeliz", disse. Sobre o ensaio sensual, Neto falou que fez "um meio termo", para não "acabar sujando" seu lado.
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| Número 5 da revista "Junior" chegará às bancas em duas versões |
Ele disse ainda que é possível, sim, confundir travesti com mulher.
"Os travestis estão muito evoluídos. Eles têm milhões de recursos pra se igualar à mulher", falou.
Sobre o episódio Ronaldo, que foi parar na delegacia após sair com três travestis, Neto afirmou que o jogador "caiu na mesma cilada" que ele.
Na última quarta-feira, a coluna Destaques GLS, da Folha Online, informou, com exclusividade, que o ator seria capa da edição nº 5 da revista "Junior". Ontem, o diretor da publicação, André Fischer, disse ter certeza de que não houve agressão por parte do ator.
"Checamos a história, que teria envolvido agressão, e realmente ao que consta não houve agressão alguma. As travestis nunca fizeram menção a esse fato, não declararam que foram agredidas e quem armou o barraco foi a prostituta que estava com elas", disse o diretor da "Junior".
Estampar atores da Globo na capa ajuda a chamar a atenção do público nas bancas. No mês passado, a "Dom" trouxe Rodrigo Hilbert em sua capa e sofreu críticas de alguns militantes, que lembraram o uso da expressão "bichona" pelo ator durante o "Domingão do Faustão" (Globo). A ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais) chegou a cobrar uma retratação pública do ator.
André Fischer, diretor da "Junior", comentou a decisão de estampar o ator Rômulo Arantes Neto, 21, na capa do nº 5 de sua revista GLS, a ser lançado no próximo dia 20 no clube Glória, em São Paulo. Em 2007, o então ator da "Malhação" (Globo) se envolveu em um caso de agressão contra travestis --depois elas voltaram atrás e retiraram a acusação, em um episódio que lembra a confusão em que se meteu recentemente o jogador Ronaldo.
| Daia Oliver/Folha Online |
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| André Fischer, diretor da "Junior", explica a decisão de estampar ator na revista |
"Elas dizem que beijaram, ele nega. Mas se ele fez o programa ou não, isso para nós aqui não importa. Não temos nem poderíamos ter nenhuma espécie de preconceito por conta do desejo sexual de alguém. Isso fica para o resto da imprensa, não para o MixBrasil", escreveu Fischer em comentário enviado à Folha Online, à militância e postado no blog da revista "Dom".
Em março, a revista "Dom", concorrente da "Junior", teve de se explicar pela decisão de estampar em sua capa o ator Rodrigo Hilbert, que usou a expressão "bichona" durante o "Domingão do Faustão" e irritou a ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais). Em seu blog, a "Dom" questionou, ontem, se a militância não iria também pedir retratação de Rômulo Arantes.
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| Rômulo Arantes Neto, fã do judô, jiu-jitsu e boxe, nega agressão e beijo em travestis |
A decisão de fazer o ensaio levou quase seis meses, segundo Fischer ("Havia o episódio das travestis que era um repelente ao seu nome, toda vez que ele surgia em reuniões de pauta"). Ele conta ter conversando com o agente do ator e depois com o próprio.
"Checamos a história, que teria envolvido agressão, e realmente ao que consta não houve agressão alguma. As travestis nunca fizeram menção a esse fato, não declararam que foram agredidas e quem armou o barraco foi a prostituta que estava com elas", disse o diretor da "Junior".
Fischer afirmou ainda que o importante era ter a certeza de que ele não havia agredido. "E isso não aconteceu. Por isso Rômulo, modelo de sucesso internacional, está na capa da Junior 5. Aliás, nas capas. Como tínhamos duas opções lindas e ficou difícil escolher a melhor, pela primeira vez chegaremos às bancas com duas versões."
A ABGLT ainda não se manifestou sobre a capa da "Junior".
Política nos trios
Nenhuma boate terá trio elétrico na 12ª Parada Gay (dia 25, na av. Paulista). As ONGs vão dominar. O objetivo é reforçar o tom político dessa edição --embora ninguém seja ingênuo de defender que o espírito festivo não se repita. O tema da Parada é "Homofobia mata - Por um Estado laico de fato". Para Alexandre Santos, o Xande, presidente da associação que organiza o evento, o tema escolhido é de urgência no país, já que mais de uma década se passou, e não houve avanços legislativos relevantes.
"Voltamos a trazer a questão da homofobia, porque um tema não pode ser mudado até que seja resolvido. Enquanto o projeto de lei 122/06 --que criminaliza qualquer atitude ou condutas homofóbica-- não for aprovada, não só pessoas serão mortas, mas também esperanças, sonhos, auto-estima", afirma Alexandre.
Sobre a questão do Estado laico, aquele que não prega nenhuma religião, sendo esta de livre escolha de seus cidadãos, Alexandre diz que hoje, as crenças religiosas influenciam demais nas decisões políticas do governo, inclusive na aprovação da lei 122/06.
"Uma lei não pode ser barrada por questões religiosas. Nossa Constituição diz que nosso Estado é laico. Se ele é assim, os religiosos da bancada não podem atrasar ou bloquear a aprovação de projetos de lei. Só queremos que a Constituição seja cumprida!", diz o presidente.
Atualmente, um dos maiores empecilhos em relação à aprovação da lei 122/06 é a forte influência de religiosos na política, principalmente de pastores evangélicos, que, além de tentar impedir o projeto, também lutam para amenizá-lo, tentando excluir "orientação sexual" da proposta que torna crime o preconceito contra homossexuais.
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| JoJo comanda em Londres festas como Nag Nag Nag e Bugged Out |
Meninas
A DJ e produtora inglesa JoJo de Freq toca neste sábado (10) na festa lésbica Chá com Bolachas, no clube Glória (r. 13 de Maio, 830, Bela Vista). Para colocar o nome na lista e obter descontos, é preciso acessar o site da festa (www.chacombolachas.com.br) até 20h deste sábado. Preços: R$ 20 (lista) e R$ 35 (sem lista). Meninos pagam mais: R$ 30 (lista) e R$ 50 (sem lista). O Chá com Bolachas não fará nenhuma edição na semana da Parada Gay.
Bafo! Bafo! Bafo!
Os boatos sobre um show de Madonna em Fortaleza e Rio, excluindo São Paulo da turnê, geraram uma guerra regional entre os gays. "Bees indignadas de São Paulo, Belo Horizonte, Salvador e Recife já subiram nas tamancas (literalmente) para demonstrar seu desagrado em terem suas cidades preteridas-- e para isso, claro, o caminho mais óbvio é desqualificar.com.br a capital cearense", chiou a coluna "Cena G", publicada hoje pelo jornal cearense "O Povo".
Grisalhos
No dia 21 (quarta), a partir das 23h, o clube Cantho (Largo do Arouche, 32, tel. 0/xx/11/3723-6624) abre sua programação da Parada Gay com a festa "Studio 54" (referência à lendária boate setentista de NY) com hits da discoteca, além de barmen e gogo-boys com figurino da época. A programação é um prato cheio para o público maduro. Tocam os DJs Akeen e Junior Britto. Haverá projeção de vídeos e laser. Preços: R$ 25 ou R$ 20 (nome em lista ou flyer até 1h). Para colocar nome na lista, é preciso acessar o site do clube (www.cantho.com.br).
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