segunda-feira, 24 de março de 2008

Célula clonada cura roedores de Parkinson

Pesquisadores nos EUA conseguiram pela primeira vez usar células-tronco embrionárias clonadas para curar o mal de Parkinson. O experimento foi feito em camundongos, mas abre a perspectiva da aplicação do mesmo princípio em seres humanos.
Os cientistas estavam tentando provar que é possível fazer células-tronco embrionárias usando a técnica da clonagem (a chamada clonagem terapêutica) e usá-las em um tratamento sob medida para os roedores.
Os cientistas descobriram que células do próprio animal usadas para gerar um embrião clonado (destruído depois para a extração das células-tronco) causaram menos problemas que células-tronco de outros animais.
"Isso demonstra o que nós suspeitávamos o tempo todo: que o tecido geneticamente compatível funciona melhor", disse à agência Reuters Viviane Tabar, do Memorial Sloan-Kettering Institute em Nova York. Ela é co-autora do estudo, publicado ontem na revista "Nature Medicine".
"Quando você dá o outro tipo de tecido, o não-autólogo, você tem mais inflamação do que o esperado. E isso em um animal de laboratório, que esperamos ser mais tolerante."
O trabalho deve repercutir no Brasil, onde o Supremo Tribunal Federal analisa a constitucionalidade das pesquisas com células-tronco embrionárias. Um dos argumentos dos opositores desse tipo de estudo é que as células de embrião até hoje não produziram terapias, diferentemente das células adultas. A clonagem terapêutica é proibida no país.

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