A Suprema Corte da Califórnia (EUA) concordou em revisar os recursos contra a proposta que proibiu o casamento entre pessoas do mesmo sexo no referendo de 4 de novembro.
O Tribunal convocou uma audiência para março do próximo ano para avaliar a medida. O casamento gay foi banido no plebiscito com 52,5% dos votos, graças, principalmente, ao apoio das zonas rurais do Estado.
A Corte indicou sua intenção de decidir sobre a legalidade dos cerca de 18 mil casamentos homossexuais realizados no Estado e que agora se encontram sem amparo legal.
O Supremo da Califórnia reconheceu em maio o direito de pessoas do mesmo sexo de se casarem e, em junho, os homossexuais passaram a poder realizar matrimônios oficialmente.
O tribunal declarou que não permitirá a legalidade de casamentos entre homossexuais enquanto durar o processo, como tinham pedido alguns opositores da Proposição 8 e que apoiava pelo menos um dos juízes do Tribunal.
Protestos
Vários ativistas independentes, não ligados a comunidade gay, se infiltraram no movimento dos homossexuais na Califórnia, informou o jornal diário "Los Angeles Times" nesta quarta-feira.
Na última semana, o Estado vem sendo palco de várias manifestações contra a Proposta 8, votada nas eleições do último dia 4, e que proíbe o matrimônio entre homossexuais.
Várias igrejas locais e templos na região têm sido alvo dos manifestantes que pedem a mudança da decisão.
"Muitos de nós, gays ou não, estamos envolvidos nas conversas para termine de vez esse conflito", afirmou Evan Wolfson, diretor executivo de uma ONG que pede a liberdade para os casamentos.
Para Michael Weinstein -- presidente de uma fundação californiana em defesa do tratamento da AIDS -- o protesto é "um importante veículo de comunicação". "Eu também aplaudo a iniciativa. Nós agora temos que decidir qual será melhor estratégia para apresentar à Corte", afirmou o ativista.
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