quinta-feira, 30 de outubro de 2008

NOVO DOMINIO NA INTERNET VISANDO SEGURANÇA

Dez bancos brasileiros aderiram ao domínio de internet "b.br", cerca de um mês após a implantação do sistema, de uso exclusivo para instituições bancárias --com isso, essas empresas poderão ter endereços como "banco.b.br". A medida visa dar mais segurança para transações bancárias na internet.

Segundo o NIC.br (Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR), os bancos Alfa, Bonsucesso, Bradesco, BVA, Banco Cooperativo Sicredi, Bic Banco, Prosper, Schahin, Banrisul e Paraná Banco.

O objetivo da adoção do sistema é preservar internautas de práticas maliciosas na rede, como o "phishing" (furto de dados pessoais pela web). O domínio tem um novo sistema de identificação de sites chamado DNSSEC, que valida e reconhece a autenticidade da página antes que o internauta tenha acesso a ela.

Com a mudança, deve ficar mais difícil a realização de um golpe em que piratas virtuais desenvolvem sites semelhantes aos originais e levam os internautas a deixarem ali informações como senhas. Ao digitar o endereço do site, o usuário pode ter seu caminho desviado por criminosos e levado para esse tipo de página maliciosa.

Em alta

Dados da Febraban, referentes a 2007, indicam que 29,8 milhões de pessoas utilizam "internet banking" no Brasil, número 9,2% maior que em 2006. No ano passado, foram realizadas 6,9 bilhões de transações na rede --volume que representa 16,9% do total de operações bancárias realizadas no país.

Pelas regras estabelecidas para o "b.br", a empresa que utiliza o domínio será, obrigatoriamente, uma instituição bancária. A triagem dessas instituições será realizada pelo NIC.br.

O sistema já é utilizado no domínio "jus.br", usado por instituições vinculadas ao poder Judiciário. No caso desses sites, é o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) quem determina as instituições que têm direito de utilizá-lo.

O NIC.br é o braço executivo do CGI.br (Comitê Gestor da Internet no Brasil), responsável por implementar suas decisões, e coordena o registro de nomes de domínio no país.

AUMENTO NO NUMERO DE FRAUDES VIRTUAIS

Espionagem de computadores e roubo de informações pessoais cresceram notavelmente no último ano, custando dezenas de milhões de dólares e desafiando a segurança dos Estados Unidos, de acordo com o FBI, a polícia federal norte-americana.

Diversos grupos criminosos têm sido atraídos pela facilidade que a internet oferece de alcançar milhões de vítimas em potencial, de acordo com Shawn Henry, diretor-assistente do FBI.

Dois países têm tido um "interesse agressivo" em entrar em redes de companhias norte-americanas e agências do governo, segundo Henry, que se negou a informar que países são esses.

Agências de inteligência, no entanto, têm demonstrado preocupação em relação a Rússia e China, pois são países que têm capacidade de espionar eletronicamente os Estados Unidos, chegando a interromper redes de computadores.

Um dos exemplos dessa espionagem eletrônica se deu quando a Geórgia acusou Moscou de conduzir uma espécie de "guerra cibernética" para fechar sites governamentais do primeiro enquanto aumentava a ofensiva militar.

Reforço

Enquanto as atividades maliciosas prevalecem e o risco continua a crescer, a polícia identifica métodos que têm sidos usados pelos criminosos.

Um deles é o "botnets", em que um programa malicioso espalha por vírus de computador redes que podem ser usadas para roubo de dados ou para desligar o sistema.

Por outro método, o "spearfishing", hackers conseguem cópias de lista de e-mails de empresas e solicitam informações pessoais de funcionários.

O Internet Crime Complaint Center, que ajuda o FBI nas investigações, declarou que mais de 1 milhão de queixas já foram registradas desde 2000, quando o centro foi criado. O número tem crescido, ficando entre 18 mil e 20 mil por mês, hoje em dia, segundo Henry.

Pelo celular

Em relatório divulgado na semana passada, pesquisadores da Georgia Tech alertaram que os celulares também abrem um novo caminho para o ataque de hackers, principalmente por ganharem, cada vez mais, poderes de computadores.

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