terça-feira, 30 de setembro de 2008

Metrô altera regra para o empréstimo de bicicletas

Limite exigido no cartão de crédito será menor a partir da 2ª unidade retirada

Plano da companhia é abolir a exigência de apresentar cartão de crédito; no final de semana de estréia, foram 63 empréstimos de bicicletas


O Metrô pretende abolir a obrigatoriedade do uso do cartão de crédito para o empréstimo de bicicletas nas estações. O serviço, que faz parte do programa MetroCiclista, entrou em funcionamento no final de semana. A mudança deverá ser anunciada em 20 dias.
A companhia também modificou ontem a exigência de que os usuários tenham um limite de crédito de R$ 350 para cada bicicleta que forem retirar -o que exigia que uma família de quatro pessoas, por exemplo, tivesse um limite disponível de R$ 1.400. Desde ontem, a partir da segunda bicicleta, o limite necessário passou a ser de R$ 50 para cada uma - a mesma família, então, necessitaria de um limite de crédito de R$ 500.
A exigência, segundo o Metrô, não funciona como uma caução, mas, sim, como uma pré-autorização, já que o valor só será debitado no cartão de crédito se as bicicletas não forem devolvidas em 24 horas.
De acordo com Ismael Caetano, do Instituto Parada Vital, que gerencia o programa ao lado do Metrô, o sistema de pré-autorização é igual ao de Paris, cujo projeto inspirou o de São Paulo. "Não dá para ter a ilusão de um bicicletário público, em que não haja compromisso. Na França, o valor pedido é de 150 e, mesmo assim, 20% das bicicletas do sistema francês são roubadas", diz.
O projeto MetroCiclista disponibiliza dez bicicletas em cada uma das quatro estações que oferecem o serviço -Corinthians-Itaquera, Guilhermina-Esperança, Carrão (todas na zona leste de São Paulo) e Sé (região central). O empréstimo é gratuito na primeira hora; após esse período, é cobrado um valor de R$ 2 por hora, que é debitado no cartão de crédito.
No primeiro final de semana de funcionamento do programa, os quatro bicicletários fizeram 63 empréstimos.
O número foi baixo, na avaliação de funcionários dos bicicletários, que afirmaram que muitos usuários deixaram de utilizar o sistema porque consideraram alto o limite necessário para o empréstimo.
Ontem, no primeiro dia útil de funcionamento do serviço, o movimento foi ainda mais fraco. A organização não divulgou um balanço oficial, mas, na Sé, funcionários disseram que apenas duas bicicletas saíram, mesmo número registrado na estação Corinthians-Itaquera.

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