terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Diretor polonês indicado ao Oscar diz sentir peso de tema

O cineasta polonês Andrzej Wajda disse hoje ter ficado feliz com a indicação do filme "Katyn", de sua autoria, ao Oscar de melhor filme em língua estrangeira.

Porém, o diretor confessou sentir grande responsabilidade pelo peso da história real narrada no longa, que fala do massacre de prisioneiros de guerra poloneses pela polícia secreta soviética nas florestas da cidade de Katyn, meses após os nazistas terem invadido a Polônia.

Alik Keplicz/AP
Wajda se inspirou em um dos episódios mais dramáticos de invasão nazista na Polônia
Wajda se inspirou em um dos episódios mais dramáticos de invasão nazista na Polônia

"Às vezes temo que, ao verem meu filme, as novas gerações só pensem que são histórias do passado, coisas que simplesmente aconteceram há muitos anos", disse o cineasta em uma entrevista coletiva em Varsóvia.

Além de contar uma história que se passou há cerca de 70 anos, ao rodar "Katyn", Wajda também quis homenagear o pai, um dos 22 mil oficiais assassinados em Katyn, localidade próxima a Kiev (Ucrânia).

"Katyn" narra os últimos dias de vida de milhares de oficiais poloneses e de suas famílias, a angústia diante do desconhecido e a tragédia de um crime que a União Soviética só reconheceu após a queda do comunismo.

"Hoje em dia, o cinema é a melhor forma de as novas gerações conhecerem a história", afirmou o diretor.

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