Em outubro passado, o estudante de jornalismo Bruno Dias ficou assustado ao tentar transmitir uma foto para o celular de um amigo via Bluetooth —tecnologia sem fio para a transmissão de dados — em uma padaria no Brooklin, bairro da região sul da capital paulista.
No momento em que os dois celulares seriam pareados para a troca da foto, Bruno recebeu um pedido para conectar o seu Nokia E62 com um outro celular, que não era o do seu amigo.
"Nessa hora, até achei que fosse alguma campanha publicitária, daquelas de mobile marketing. Mas, como o nome que aparecia no visor era uma combinação de letras bastante estranhas, resolvi não aceitar", conta o estudante.
Depois de recusar a conexão, a tentativa de acessar o celular de Dias foi feita outras quatro vezes.
Até hoje, o estudante não sabe se o que aconteceu foi mesmo uma tentativa de ataque ou apenas um celular perdido por aí, com o Bluetooth ativado, tentando se conectar. Na dúvida, preferiu não arriscar. E fez certo.
Cerca de 70% das contaminações de vírus em celulares são feitas por Bluetooth. Uma mensagem pedindo autorização para "conversar" com o seu aparelho é enviada e, no lugar daquele videozinho do último ensaio da Playboy, chega um vírus.
Mas não adianta pensar: "meu celular não tem Bluetooth, então, estou protegido". Existem outras formas de contaminação, como as mensagens multimídias (MMS) e os downloads e instalações suspeitas. Apesar de não serem tão comuns, essas formas de contaminação podem atingir um número maior de aparelhos.
De todos os 362 malwares contabilizados até hoje —de acordo com a última pesquisa da F-Secure— 97% deles contaminaram celulares cujo sistema operacional é o Symbian. O número é exorbitante, mas não deve assustar.
O índice é alto porque a maioria dos aparelhos, principalmente os da Nokia, vem com o sistema operacional. "É o mesmo que se assustar com a proporção de vírus para Windows e para Linux. O número de ataques ao sistema da Microsoft é maior porque, até agora, ele é o mais usado", explica Gabriel Menegatti, diretor da F-Secure, empresa de segurança.
Vírus de PC no celular?
Ainda não se tem notícias de que pragas virtuais de computadores passem para o celular, apenas alguns vírus-conceito (desenvolvidos para estudo). Isso acontece porque os sistemas operacionais de cada um deles são diferentes (Windows e Symbian, por exemplo), o que torna mais difícil criar um vírus compatível.
Como sei se fui infectado?
Se a praga virtual for um vírus de auto-promoção, será fácil perceber que o seu celular foi infectado. O celular ficará desconfigurado ou a bateria descarregará rapidamente. Nesse caso, instale ou ative o antivírus.
Saiba mais sobre antivírus para celular
Mas, e se o vírus for um silencioso espião? O jeito é manter uma checagem rotineira, principalmente se, nos últimos dias, você abriu mensagens MMS suspeitas, acessou sites não confiáveis ou pareou o seu celular com algum aparelho desconhecido.
VÍRUS NO CELULAR |
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"Nessa hora, até achei que fosse alguma campanha publicitária, daquelas de mobile marketing. Mas, como o nome que aparecia no visor era uma combinação de letras bastante estranhas, resolvi não aceitar", conta o estudante.
Depois de recusar a conexão, a tentativa de acessar o celular de Dias foi feita outras quatro vezes.
Até hoje, o estudante não sabe se o que aconteceu foi mesmo uma tentativa de ataque ou apenas um celular perdido por aí, com o Bluetooth ativado, tentando se conectar. Na dúvida, preferiu não arriscar. E fez certo.
Cerca de 70% das contaminações de vírus em celulares são feitas por Bluetooth. Uma mensagem pedindo autorização para "conversar" com o seu aparelho é enviada e, no lugar daquele videozinho do último ensaio da Playboy, chega um vírus.
Mas não adianta pensar: "meu celular não tem Bluetooth, então, estou protegido". Existem outras formas de contaminação, como as mensagens multimídias (MMS) e os downloads e instalações suspeitas. Apesar de não serem tão comuns, essas formas de contaminação podem atingir um número maior de aparelhos.
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O índice é alto porque a maioria dos aparelhos, principalmente os da Nokia, vem com o sistema operacional. "É o mesmo que se assustar com a proporção de vírus para Windows e para Linux. O número de ataques ao sistema da Microsoft é maior porque, até agora, ele é o mais usado", explica Gabriel Menegatti, diretor da F-Secure, empresa de segurança.
Vírus de PC no celular?
Ainda não se tem notícias de que pragas virtuais de computadores passem para o celular, apenas alguns vírus-conceito (desenvolvidos para estudo). Isso acontece porque os sistemas operacionais de cada um deles são diferentes (Windows e Symbian, por exemplo), o que torna mais difícil criar um vírus compatível.
Como sei se fui infectado?
Se a praga virtual for um vírus de auto-promoção, será fácil perceber que o seu celular foi infectado. O celular ficará desconfigurado ou a bateria descarregará rapidamente. Nesse caso, instale ou ative o antivírus.
Mas, e se o vírus for um silencioso espião? O jeito é manter uma checagem rotineira, principalmente se, nos últimos dias, você abriu mensagens MMS suspeitas, acessou sites não confiáveis ou pareou o seu celular com algum aparelho desconhecido.
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