sábado, 5 de julho de 2008

Dieta mediterrânea reduz risco de câncer em até 24%, aponta estudo

A dieta mediterrânea pode reduzir entre 12% e 24% o risco de desenvolver câncer, segundo um relatório publicado no "British Journal of Cancer".

Adotando apenas duas características dessa dieta, o risco de desenvolver a doença já seria reduzido em 12%. Isso poderia ser conseguido através da redução, por exemplo, da ingestão de carne e de um maior consumo de legumes, ou aumentando o consumo de hortaliças. Obtém-se o mesmo resultado ao utilizar azeite de oliva em vez de manteiga.

Isoladamente, o maior impacto, que parece contribuir para uma redução de 9% do risco, é verificado ao consumir gorduras boas como as do azeite de oliva em vez das más, utilizadas nas batatas fritas, nos biscoitos e nos bolos.

Participaram do estudo 25.623 gregos (10.582 homens), que foram observados durante um período de oito anos. Foram enviados questionários para os participantes do estudo para que respondessem sobre 150 tipos diferentes de comidas e bebidas, assim como sobre as doses e porções.

O cumprimento da dieta mediterrânea foi medido utilizando uma escala para cada um dos nove grupos diferentes de alimentos. Eram separados de acordo com a ingestão de verduras, legumes e cereais que fazem parte da dieta mediterrânea, com a presença de gorduras boas na dieta e com o consumo de álcool.

O principal autor do estudo, Dimitrios Trichopoulos, professor de prevenção do câncer da Universidade Harvard (EUA), afirmou que os resultados demonstram a importância da dieta para prevenir a doença.

"Das 26 mil pessoas estudadas, as que seguiram a dieta mediterrânea tradicional tinham em geral muito menos probabilidades de desenvolver o câncer", afirmou Trichopoulos.

"Embora comer só alimentos de um só grupo não influísse de modo significativo no risco de desenvolver câncer, o fato de ajustar os hábitos alimentícios em geral à dieta mediterrânea tinha um efeito importante", assinalou.

Dieta saudável reduz risco de câncer e hemorróidas

Alimentação saudável, com muitas fibras e frutas e pouca gordura, prática de exercícios físicos, não fumar e não consumir bebidas alcoólicas em excesso são medidas boas não só para a saúde cardíaca. Elas evitam também hemorróidas e até câncer colorretal --tumor que se instala no intestino grosso (cólon), ou no reto, trecho do aparelho digestivo que termina no ânus.

Segundo Vera Salim, médica proctologista e integrante da Sociedade Brasileira de Proctologia, histórico familiar e cigarro ajudam a desenvolver essas doenças. "Mas o principal é não ter o intestino preso. Boa parte das pessoas que desenvolvem hemorróidas ou câncer colorretal são vítimas desse problema", diz. Isso não significa que toda pessoa que sofre de prisão de ventre vai desenvolver as doenças, mas o risco é maior.

"O ideal é que funcione direitinho. Intestino sempre solto também é mau sinal."

A variação --muito preso num dia, muito solto logo depois-- é a característica mais comum de câncer. Se o problema --seja preso ou muito solto-- é freqüente, não adianta recorrer a remédios para regulá-lo. "É preciso alterar a dieta e outros hábitos para que funcione direito sem remédio", diz Vera. Mesmo assim, é recomendável fazer exames para detectar hemorróidas ou câncer, cujos sintomas podem ser confundidos.

"Embora as doenças sejam diferentes, o sangramento ao evacuar é comum tanto em hemorróidas como em câncer colorretal", diz Vera. O incômodo --dor, coceira-- durante a defecação é outro sintoma corriqueiro nas duas doenças.

Diagnosticar as hemorróidas é mais simples do que constatar o câncer. Muitas vezes, a análise clínica já faz o médico concluir pelo primeiro problema, caracterizado pelo inchaço das veias situadas no ânus ou perto dele. No caso do câncer colorretal são necessários exames mais complexos.

Exames

Existem dois exames recomendados para identificar câncer colorretal: de fezes, para identificar a presença de sangue, e a colonoscopia.

"O exame de sangue oculto deve ser feito a partir dos 30 anos, pois muitas vezes a pessoa não nota sintomas nem percebe que está perdendo sangue ao evacuar", diz a proctologista Vera Salim.

Já a colonoscopia é mais detalhada. Um tubo com uma minicâmera na ponta é introduzido pelo ânus do paciente para que o médico verifique a situação do reto e do intestino. Por meio do exame é possível detectar eventuais feridas e tumores. "Esse exame consegue identificar o câncer ou qualquer outra patologia no intestino", afirma Vera.

Rico em licopeno, tomate pode ajudar a combater câncer

A cor vermelha e viva do tomate não serve apenas para decorar as saladas e dar sabor aos pratos quentes. O fruto é muito saudável e pode ajudar a evitar uma série de doenças, principalmente as degenerativas.

Rico em licopeno, composto que lhe dá o tom rubro, o tomate possui uma poderosa ação antioxidante. "O licopeno é um carotenóide que reduz os efeitos dos radicais livres, estimulando o sistema imunológico. Dessa forma, ele age na oxidação do colesterol e também protege das alterações que provocam danos celulares e podem desencadear um processo cancerígeno", afirma Regina Stikan, nutricionista da unidade Pompéia do Hospital São Camilo.

Segundo ela, existem formas de preparo que podem ajudar na absorção dos nutrientes. "Quando sofre processamento, o tomate apresenta maior concentração de licopeno, favorecendo seus efeitos benéficos. Assim, o extrato de tomate, as sopas, os sucos e os frutos mais maduros são mais ricos", diz.

Além disso, o licopeno é melhor absorvido quando acompanhado por gorduras saudáveis, como o azeite. "Então, siga a orientação de adicionar uma pequena dose de azeite às preparações com tomate", completa Regina.

Os frutos que são cultivados com o uso de agrotóxicos devem ser evitados, já que têm seus benefícios anulados. Também é muito importante que seja realizada uma higienização cuidadosa para a retirada de resíduos que ficam depositados sobre a sua casca antes de ingeri-lo.

A nutricionista Maria Cecília Corsi destaca ainda a atuação do tomate na prevenção de doenças coronarianas. "Por ser antioxidante, ele contribui na diminuição da oxidação lipídica, previne a aterosclerose [tipo de esclerose ou endurecimento de artéria] e melhora os níveis de HDL [lipoproteína de alta densidade], prevenindo as doenças cardíacas", afirma.

Saiba mais

Quais são os valores nutritivos do tomate?

O tomate é rico em carotenóides, como o licopeno e o betacaroteno, que são excelentes antioxidantes. Também é rico em vitaminas C e do complexo B e em minerais, como o fósforo e o potássio.

Existem tipos diferentes de tomates?

Sim. Há diversos tipos de tomates. Entre eles, estão o santa cruz, tradicional na culinária e utilizado em saladas e molhos; o caqui, utilizado em saladas e lanches, de formato redondo; o saladete, utilizado em saladas, também de formato redondo; o italiano, utilizado principalmente para molhos, tipicamente alongado; e o cereja, muito utilizado como aperitivo ou ainda em saladas, por ser menor.

Quais as diferenças entre eles?

Não existe uma diferença significativa entre os vários tipos de tomate, porém eles apresentam algumas variações tanto em relação aos valores nutricionais quanto ao tempo de amadurecimento.

É verdade que os tomates ajudam a combater a queda de cabelos?

Na verdade, o nutriente responsável pela manutenção de unhas, cabelos e pele é a vitamina A, também encontrada no tomate. Porém, a dieta deve ser balanceada, atingindo as necessidades de todos os outros nutrientes que favorecem a manutenção da saúde.

Comer tomate todo dia ajuda a proteger a pele, diz estudo

da BBC

Uma pesquisa conduzida por especialistas britânicos sugere que duas refeições diárias à base de tomate podem ajudar na prevenção contra os efeitos maléficos do sol.

Os cientistas da Universidade de Manchester e Newcastle fizeram uma experiência com dez voluntários que, durante três meses, consumiram diariamente 55 gramas de massa de tomate misturadas a dez gramas de azeite.

Outros dez participantes tomaram apenas os dez gramas de azeite.

Ao fim dos três meses, os especialistas britânicos fizeram exames de pele nos participantes e perceberam que os que haviam comido a massa de tomate tiveram a proteção contra os raios solares ultravioleta aumentada em 33%, além de maiores níveis de procolágeno.

O procolágeno é uma molécula que dá estrutura à pele e a mantém firme, ajudando na prevenção contra rugas.

"A dieta à base de tomate aumentou o nível de procolágeno na pele significantemente, podendo retardar o envelhecimento da pele", disse a professora Lesley Rhodes, dermatologista na Universidade de Manchester.

"E nem é preciso comer muito da fruta. A quantidade administrada aos voluntários é equivalente à encontrada em algumas refeições à base de tomate", disse a pesquisadora.

O estudo, apresentado na Sociedade Britânica de Dermatologia Investigativa, acredita que o antioxidante licopeno --que dá a cor avermelhada ao tomate - esteja por trás das propriedades benéficas da fruta.

Este componente, encontrado em grande concentração quando o tomate é cozido, também é conhecido por seus benefícios contra o câncer de próstata.

Os especialistas advertiram que a proteção oferecida pelo tomate contra os raios ultravioleta deve ser encarada como uma "ferramenta a mais" contra os efeitos do sol e não como um substituto do protetor solar.

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